quinta-feira, 14 de junho de 2012

Estimativa de importação de soja da China em junho cresce 27%


  Compras do país asiático devem atingir 6,56 milhões de toneladas do grão


Germano Rorato  As importações de soja da China devem atingir 6,56 milhões de toneladas em junho, afirmou o Ministério do Comércio do país na quarta, dia 13. O ministério revisou sua estimativa anterior, que era de 5,16 milhões de toneladas, com base em relatórios de importadores durante o período de 16 a 31 de maio, de acordo com nota.

  O Centro Nacional de Informações de Grãos e Óleos da China, que tem apoio do governo, informou que as importações de soja do país devem alcançar seis milhões de toneladas em junho e os 
embarques devem totalizar 5,7 milhões de toneladas em julho. A estimativa do ministério pode não refletir os números reais, pois não inclui todas as cargas.

FAO alerta que pode faltar alimento em algumas regiões do mundo

  Países como Síria e Iêmen devem enfrentar duros problemas em segurança alimentar segundo o relatório da organização.


 Shutterstock  Apesar de previsões de aumento recorde na produção global de cereais neste ano, a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) alertou nesta quarta-feira (13/6) que diversas regiões do mundo encontrarão dificuldades para ter a quantidade necessária de alimentos. Os motivos são a falta de chuvas, o clima adverso, os conflitos armados e o desalojamento de populações.
  No relatório Perspectivas de Safra e Situação dos Alimentos, a FAO prevê um aumento de 3,2% na produção global de cereais em 2012 - para cerca de 2,419 milhões de toneladas - principalmente por causa de uma safra volumosa de milho nos Estados Unidos. Mas o relatório alertou que países na região do Sahel, a Síria e o Iêmen enfrentarão duros desafios em segurança alimentar. A região do Sahel inclui Nigéria, Sudão, Senegal, Mauritânia, Mali, Burkina Faso, Níger e Chade. 

  "A situação do Iêmen e da Síria nos recorda a clara relação entre a segurança alimentar e a paz. Neste caso, um conflito interno está causando insegurança alimentar. Ao redor do mundo, vemos crise após crise, causadas totalmente ou parcialmente pela falta de alimentos ou por disputas sobre recursos naturais, especialmente terra e água", comentou o diretor-geral da FAO, o brasileiro José Graziano da Silva. 

  O relatório também menciona outros 35 países com necessidades de assistência alimentar, entre eles Afeganistão, Haiti e Iraque. "A África Ocidental continua enfrentando cada vez maior insegurança alimentar e desnutrição em muitos países, por causa da forte queda na produção de cereais e na pastagem em 2011, somada aos elevados preços dos alimentos locais e a conflitos civis", disse a FAO. Conflitos cada vez maiores no Mali, que estão provocando a migração de civis para países vizinhos, ameaçam a produção de alimentos neste ano no Sahel, afirmou à FAO, especialmente no Níger, no Mali e no Chade. 

  O clima seco deve agravar as condições de cultivo das lavouras neste ano na África Oriental. "No leste da África, a principal temporada de chuvas começou tarde, reduzindo o período de desenvolvimento das lavouras", explicou a FAO. "Além disso, enchentes afetaram áreas do Quênia, da Somália, da Tanzânia e de Uganda." 
  Ucrânia 

  No Leste Europeu, a FAO alertou que a produção de trigo da Ucrânia está ameaçada neste ano. No Commonwealth de Estados Independentes, a FAO prevê queda de 6% na produção de cereais neste ano, para 148 milhões de toneladas. "Isso reflete principalmente perspectivas desfavoráveis na Ucrânia, onde condições climáticas adversas durante o inverno estão atingindo as lavouras de grãos".
  "A produção de trigo é estimada em 14 milhões de toneladas, quase 40% menor do que a safra do ano passado e bem menor do que a média dos últimos cinco anos", disse a FAO. "A queda significativa na Ucrânia, maior produtora da região, deve impactar a oferta e os preços nos países vizinhos."
  A FAO também estimou a produção global de grãos em 548 milhões de toneladas no ano-safra encerrado em 2013, elevação de 7% ante os níveis iniciais e o maior volume desde 2002. 

illycaffè firma acordo com governo italiano para gerenciar emissões de carbono

A illycaffè assinou na última sexta-feira (8/6) um acordo com o Ministério Italiano do Meio Ambiente e da Proteção da Terra e do Mar, que tem como objetivo rever, cortar e neutralizar o impacto da indústria do café no meio ambiente. O projeto faz parte de um programa elaborado pela empresa e embasado no pacote de objetivos estratégicos para meio ambiente-energia da União Europeia, que tem como meta para 2020 a redução de 20% das emissões de gases do efeito estufa; o corte de 20% no consumo de energia; e um aumento de 20% das energias renováveis.

O principal objetivo deste projeto é definir e estabelecer um sistema para gerenciar as emissões de carbono. Se der certo, pode se tornar um padrão para todas as empresas que trabalham na indústria do café. Ele leva em conta as características das diferentes indústrias econômicas, buscando harmonizá-las e reiterá-las. O Ministério prevê quatro etapas principais: configurar um método que tenha como objetivo estimar a emissão de carbono, por meio do cumprimento de protocolos já reconhecidos internacionalmente; identificar as intervenções necessárias para reduzir as emissões de carbono; estabelecer um sistema que gerencie as emissões da indústria do café, com o propósito de reduzir a emissão de carbono; e avaliar outras emissões e identificar as possíveis ações para neutralizá-las completamente.

“O apoio dado pela illy, uma marca de bandeira italiana, ao Projeto de Emissão de Carbono é mais um sinal da atenção crescente que o sistema italiano, por meio dos principais personagens do mundo dos negócios, está dando à sustentabilidade nos processos produtivos", diz o ministro italiano Corrado Clini, que defende o uso de tecnologias na produção para reduzir seu impacto. "O sistema se fortalece e se torna competitivo a nível nacional e internacional apenas quando os mercados e o público reconhecem aqueles que escolheram a sustentabilidade como o condutor principal e crucial de sua produção”, completa.

Esta parceria será explicada pelo ministro Corrado Clini e pela presidente da illycaffè, Andrea Illy, no debate “Emissão de Carbono Projetos Públicos e Privados", que será realizado no dia 18 de junho, durante a Rio+20. “Estamos muito orgulhosos de a illycaffè ter sido escolhida como parte deste projeto: é uma oportunidade muito importante para envolver toda a indústria do café na produção sustentável", diz Andrea. No último ano, a empresa recebeu a certificação Responsible Supply Chain Process (Fornecedor Responsável na Cadeia Produtiva), concedida pela DNV Business Assurance. Também recentemente, foram construídas duas plantas abastecidas com energia renovável.

CESB anuncia vencedores do Desafio Nacional de Máxima Produtividade

O Comitê Estratégico Soja Brasil (CESB) anunciou nesta quarta-feira (13/6) os nomes dos ganhadores do Desafio Nacional de Máxima Produtividade Safra 2011/2012. O vencedor nacional, na categoria soja não irrigada, é o produtor Demétrio Guimarães Parreira, do município de Correntina, na Bahia. O agricultor produziu 108,71 sacas por hectare, em um lote de 10 hectares, conforme regulamento do Desafio.
O prêmio oferecido pelo CESB é uma viagem técnica aos Estados Unidos, em Ohio, no meio-oeste americano, para compartilhamento de experiências sobre a cultura da soja. O roteiro inclui visitas a fazendas de grandes produtores, centros avançados de tecnologia, universidades e, inclusive, um tour na Bolsa de Chicago.
O vencedor da região Sul foi Ely de Azambuja Germano Neto, de Arapoti, no Paraná, com produção de 103,11 sacas por hectare. Ele também foi o segundo melhor produtor, na classificação geral dos produtores participantes do Desafio do CESB. Na região Sudeste, o paulista Frederik Jacobus Wolters, de Itararé, no interior de São Paulo, foi o campeão da região com produção de 83,89 sacas por hectare. Já na região Centro-Oeste, o agricultor Edmilson Ribeiro Santana, de Uruaçu, Goiás, atingiu 89,85 sacas por hectare.
Na safra 2011/2012, o Desafio do CESB atingiu 14 estados, 407 municípios e 1.314 produtores. Atualmente, o CESB é composto por 16 membros, quatro empresas patrocinadoras e 13 instituições de pesquisa apoiadoras, que atuam de forma voluntária para promover melhores práticas agrícolas com o objetivo de elevar a média de produtividade da soja no Brasil. “Nosso trabalho tem demonstrado que é necessária uma revisão nos modelos atuais de produção da leguminosa. Com organização dos processos agrícolas e aproximação dos pesquisadores com os agricultores, atingiremos melhores níveis de produtividade da soja no país”, afirma Orlando Martins, presidente do CESB.

Historia do plantio direto no Brasil

O início dos anos 70 serviu de pano de fundo para as primeiras experiências brasileiras com o sistema de plantio direto. O Paraná, em especial, foi o precursor da tecnologia no país. O primeiro plantio de que se tem notícia foi feito na região de Rolândia, no norte do Estado, pelo produtor Herbert Bartz, em 1973. Ele foi aos Estados Unidos, conheceu e trouxe a técnica para o Brasil. Depois o sistema foi difundido em Cornélio Procópio e chegou à região de Campo Mourão em 1974, através do cooperado da Coamo Joaquim Montans. Assim, a tecnologia que revolucionou a agricultura está completando, em 2004, 30 anos em Campo Mourão, município que foi um dos pioneiros na implantação da prática no Brasil.

O sistema de plantio direto surgiu frente a necessidade de tornar mais sustentável a produção agrícola, minimizando os custos com insumos e otimizando o aproveitamento da área de plantio. E conseguiu. Mais de três décadas depois de implantada no país, a tecnologia é tida como a única alternativa para a sustentabilidade da agricultura. “Foi o grande acontecimento nos últimos dois mil anos de exploração agrícola. É o que a ciência agronômica ofereceu de mais importante até hoje, do ponto de vista biológico, químico e físico do solo”, resume o engenheiro agrônomo Joaquim Mariano Costa, responsável pela Fazenda Experimental da Coamo, em Campo Mourão, que acompanhou de perto o processo evolutivo do plantio direto no campo.

Com o plantio direto, o agricultor fecha o cerco contra os principais problemas que degradam o solo e, de quebra, ainda incrementa o sistema de produção, melhorando a produtividade e racionalizando os custos de produção. Dentre as vantagens do plantio direto estão a garantia de reduzir a lichiviação de nutrientes e da erosão superficial do solo, a manutenção da vida microbiológica do solo, a garantia de uma melhor atividade dos adubos químicos e de que todas as reações químicas no solo sejam bem sucedidas. Além da questão econômica, o sistema também consiste em reduzir o impacto ambiental causado pela agricultura. Dentro deste novo paradigma de produção, o plantio direto passou a ser orientado por três procedimentos base, conhecidos como projeto “3Rs”: rotação de culturas, resíduos no solo (plantio na palha) e roots (raiz, no sentido de imobilidade do solo e reciclagem de nutrientes).


Veja o video abaixo do programa Globo Rural   (Atenção desligue a radio para ver o video se nao vai virar uma bagunceira do KCT^^)

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Safra dos principais grãos deve crescer 21% em 10 anos no País



  Cinco principais culturas devem passar das atuais 153,3 milhões de toneladas para 185,6 milhões de toneladas em 2021/22



 Shutterstock  A safra de grãos das cinco principais culturas (soja, milho,trigo, arroz e feijão) deve crescer 21,1% nos próximos dez anos e passar das atuais 153,3 milhões de toneladas para 185,6 milhões de toneladas. A estimativa consta do relatório sobre as projeções para o agronegócio entre 2011/12 em 2021/22, elaborado pela Assessoria de Gestão Estratégica do Ministério da Agricultura. 



  O estudo prevê que o aumento da produção agrícola continuará acontecendo com base na expansão da produtividade. As projeções indicam que entre 2012 e 2022 a produção dos principais grãos (arroz, feijão, soja, milho e trigo) deve aumentar em 21,1%, enquanto a área deverá expandir 9%. 



  A expectativa é que a área cultivada com lavouras, incluindo as perenes e anuais, passe dos atuais 64,9 milhões de hectares para 71,9 milhões de hectare em 2022. Segundo o estudo a expansão de área estará concentrada no cultivo da soja, que deve aumentar 4,7 milhões de hectares, e nacana-de-açúcar, com mais 1,9 milhão de hectares. 



  Os técnicos preveem que a expansão de área de soja e cana-de-açúcar deverá ocorrer pela incorporação de áreas novas e também pela substituição de outras lavouras que deverão perder terreno. O estudo projeta que nos próximos anos as lavouras de milho devem ter uma expansão de área por volta de 600 mil hectares, enquanto as demais se mantêm praticamente inalteradas ou perdem área, como o arroz, mandioca, trigo e feijão. 



  As projeções indicam que Mato Grosso deve continuar liderando a expansão da produção de soja e milho, com aumentos previstos superiores a 20% nos próximos dez anos. A área cultivada na região do Matopiba, que engloba parte do MaranhãoTocantinsPiauí e Bahia, deve crescer 16,4% e atingir 7,7 milhões de hectares, enquanto a produção deve aumentar 27,8% para 19,921 milhões de toneladas em 2022.

Novidades do setor agrícola são destaque na Feira Agritechnica da Alemanha

Um grupo de bailarinos foi atração na cerimônia de abertura da Feira Agritechnica, na noite de segunda, dia 14, em Hannover, Alemanha. No palco, nenhuma dança conhecida. Eles interpretaram o processo produtivo que leva os alimentos da lavoura até o consumidor. Através de movimentos, se transformaram em tratores e colheitadeiras.
As máquinas de verdade ocupam 24 pavilhões do Parque de Exposições de Hannover. Os 2,7 mil expositores fazem da Agritechnica a maior feira do setor, com tudo o que existe de mais moderno para a produção vegetal profissional.
Confira a galeria de fotos da feira
Um grupo de brasileiros do Sul do país acompanha a exposição para levar as novidades até as feiras nacionais. O consultor da Cooperativa Cotrijal, de Não-Me-Toque, no Rio Grande do Sul, José Diel, visita pela segunda vez. Para ele, o que mais surpreende não são as grandes máquinas.
– Eu fico admirado com os equipamentos simples, como a colhedora de batatas, que a gente não encontra por lá – conta ele.
Entre os participantes de fora da Alemanha, tem até fã das feiras agrícolas do Brasil. É o caso do presidente da Federação das Cooperativas Agrícolas da Polônia, Wladyslaw Serafin. Ele esteve duas vezes na gaúcha Expodireto e elogia o crescimento e o desenvolvimento dos fa
A décima quarta edição da Agritechnica termina no sábado, dia 19das máquinas agrícolas locais.

– Os fabricantes europeus têm que ficar preocupados. As máquinas brasileiras são de boa qualidade e têm muita competitividade – concluiu.